Diálogo incompleto

Ela – Pode ser que um dia deixe ter medo de ti, não sei.... O que me falta é confiança em mim. E a ti não te falta isso...
Ele – Não deixes de ter essa fragilidade, é uma característica tua, esse é o teu encanto.
Ela - Mas isso não está relacionado com a confiança, acho eu!
Ele – Sabes vou-te confessar. Eu gosto que tu não confies em mim, é inteligente e tens razão, e por outro lado confirmas o lado que eu mais cultivo, ser imprevisível, com várias facetas e além do mais assim é melhor, eu tenho que me esforçar permanentemente para te seduzir.
Ela – Surpreendes-me. Pelos visto parece que posso devo confiar na minha intuição. Não devo mesmo confiar em ti. Mas se por outro lado isso ainda fomenta mais as coisa então já não sei nada...
Ele – É um bom principio não saber nada, eu uso isso...
Ela – Também passo a vida a usar isso... Mas não tem dado lá muitos bons resultados. Passo a vida com um pé no chão e o outro no ar a ver se descubro alguma coisa. Isto é uma metáfora, tá?!
Ele – Gosto de metáforas, principalmente com os pés no ar.
Ela – Não tens emenda possível, já falaste com ele?
Ele – Não, só pessoalmente amanhã.
Ela – Ele já não gosta de mim...
Ele – Eu? Claro, porque haveria de ter deixado de gostar?
Ele – Por eu não me tentar fazer passar por santo e dar-me a conhecer tal qual sou.
Ela – Mas isso é que é interessante em ti. Nunca deixaria de gostar de ti por isso, antes pelo contrário.
Ele – Não sei.
Ela – podes ter a certeza que sim. Aceitar-te-ei exactamente como és. Porque não temos qualquer vínculo....
Ela – Mas ele já não gosta de mim, pois não?
Ele – Posso averiguar amanhã, mas não sei, porque dizes isso?
Ela – É só um felling...
Ele – Sabes? Gosto da palavra aceito, é altiva e sensual. Acima de “aceito-te” só “quero-te”.