2/22/2007

O mundo pode esperar...
mas eu não.
E quando o desespero apertar,
aqui no coração,
sou eu que te esqueço
e tomo o lugar incerto,
mas que tenho como meu.
Vão os dias esquecidos,
porque passaram.
Já foram,
porque já não o são.
E eu fortaleço e cresço,
na palma da tua mão.
Noutro espaço, ausente,
à parte do que existe,
da realidade, que é dura e perdura,
no desgosto de não poder ser tua.
Denuncio-me em tudo o que faço,
em tudo o que digo.
Mas,
prefiro levar para longe a incerteza
porque o Mundo pode esperar,
mas eu não...