TREENAGER
Quem diz que a adolescência é
a idade mais problemática
que se desengane.
Nos dias que correm
ter 30 anos de idade é
bastante mais complicado que ter 16.
Durante a adolescência
colocamos tudo em causa,
os nossos pais,
o nosso país,
as ideias dos outros
e do Mundo em geral,
mas nunca a nós próprios.
Enquanto adolescentes
sabemos bem o que queremos,
sabemos bem onde iremos estar e
o que iremos ser
quando chegarmos aos 30 anos de idade.
Mas,
quando chegamos realmente aos 30
olhamos para trás e
constatamos que afinal
não sabemos quem somos e
para onde queremos ir,
e fica-nos mal não saber.
Aos 30 já nos levam mais a sério,
no entanto,
não nos consideramos seriamente "pessoas".
A realização pessoal e profissional
está sempre presente,
como uma bandeira.
Os amigos começam a casar e a ter filhos e
consequentemente,
a ter menos tempo para quem fica "para trás".
As maluqueiras já não sei bem aceites,
mas apetece-nos fazê-las, constantemente.
Há sede de viver
mas inércia em fazer,
sempre com fome de mudança
de alternativas
mas o que fica é o vazio
por nada acontecer,
difícil de preencher.
Ficamos perdidos
esquecidos, presos no nada,
cheios de opções mas
com tão pouca coragem.
Temos o mundo pela frente
mas não o conseguimos agarrar.
Ser Trennager é bem mais complicado.
10 Comments:
é isso mesmo...a apatia, a inércia de ter chegado até aqui tão depressa sem me ter apercebido do tempo a fugir como agua...e eu nem sequer queria ser grande...
O que és tu agora?
maior...
E freak!!!
maior e freak...
Freak pode ter várias interpretações.
Maior, segundo o art. 130º do Código Civil, é aquele que perfizer 18 anos, adquirindo por isso plena capacidade de exercício de direitos, ficando habilitado a reger a sua pessoa e a dispor dos seus bens.
Os meus parabéns!!!
Uau! Se a çotora diz...
É um comentário muito interessante.
A grande diferença é que na adolescência a idade é um factor motivacional para fazer determinadas coisas e aos 30 dá para pensar mais um bocadinho...
A sociedade está estruturada dessa forma! Há 10 anos atrás se estivesse no meio duma discoteca a fazer caretas era normal. Hoje penso 2 vezes...Não vá estar por perto aquele colega de trabalho presente sem eu saber que poderá denegrir a minha imagem e prejudicar-me de alguma forma...Será demasiado curta a nossa existência para pensarmos assim?!Secalhar estou é a ficar velho!Esperemos q não...O teu blog continua mt giro amiga.Parabéns!
beijinhos,
Nuno M.
Aos 15 anos pomos tudo em causa, menos a nós próprios. Aos 30, tudo nos põe em causa, inclusive nós próprios. Aos 45, já nada disso tem importância absolutamente nenhuma, e a certeza de que nunca teve. Como disse um dia um velho sábio do norte "O melhor é não fazer planos para a vida, para não estragar os planos que a vida tem para nós". Fundamentalmente, nunca perder a fidelidade que devemos a nós próprios. Gostei do blog
Ou se calhar nem nada disto é real, e apenas fruto da nossa imaginação. Uma alucinação colectiva chamada mundo. Toda a gente tem o seu, mas é mais confortável e seguro confiar no dos outros.
Tu és engraçado... Gostei dos teus pontos de vista. Obrigada.
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